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Muito Pouco, Um Pouco Demais...

Há alguns anos atrás minha vida criou um novo rumo. Em 2008 resolvi sair da igreja que frequentava. Falta de fé? Falta de crença? De religião? Talvez um pouco de cada coisa? Aprendi com a vida que tudo em excesso faz mal. E como diria o nome de uma música de Lenine: Excesso Exceto me fez pensar um pouco e ver que para acreditarmos em Deus não precisamos ir à igreja. Há várias maneiras de nos satisfazermos. Mas como medir? Há um limite?

Algumas pessoas dependem de entorpecentes e estimulantes para poderem aproveitar o momento. Outras precisam perder tudo para poder sentir o quanto era completo o que tinham. Difícil é mesmo saber quando estamos satisfeitos.

Há pessoas que não se satisfazem com nada. Nem com o dinheiro que ganham, nem com a saúde que tem. Às vezes nem com o que conseguem depois de tanto esforço. Claro, eu entendo que a insatisfação talvez seja o motor de arranque em determinados momentos. Mas talvez, na ânsia por mais, deixamos o que era pouco, porém suficiente, passar despercebido.

Muito pode ser pouco, pouco pode ser um pouco demais. Trocadilho genial de Paulinho Moska na canção que acompanhará esse post me faz lembrar o quão somos frágeis. Uma pequena dor dentes (em apenas um único dente) nos deixa acamados, sem dormir. E às vezes deixamos passar um sorriso e um carinho por querer o superficial e o notável.

Em tempos somente o concreto nos interessa. Somente o que podemos enxergar e apalpar. E o que é abstrato não tem valor, pois não poderíamos comercializar. Há uma diferença enorme e incomparável entre preço e valor. Uma caneta Bic custa menos de R$1,00, mas quanto valeria ela se você, por exemplo, a recebesse como presente de um grande amor da sua vida? Valeria R$1,00 ou preço algum?

Ao final da música Paulinho Moska a finaliza com a grande frase: "Simplesmente seja, o que você julgar ser o melhor, mas lembre-se que tudo que começa com muito, pode acabar muito pior!"

Valorize o que você tem, pois, talvez, quando você não o tiver, verás o tamanho do tesouro que deixou escapar.

1 comentários:

Flávio Rossi disse...

Interessante o trocadilho com a bela música do Moska também interpretada genialmente por Maria Rita. Além disso, podemos concluir que "As coisas nunca estão tão ruins que não possoa piorar". A partir dessa frase tão conhecida, que transparece algo negativo, podemos concluir que às vezes estamos bem, porém achamos que estamos mal. É como se só passemos a valorizar algo a partir da sua perda. Meus parabéns pelo texto.

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