
Quando estamos prestes a fazer algo que pode e que vai mudar definitivamente o rumo de nossas histórias, paramos, pensamos, raciocinamos e, na maioria das vezes, optamos pelo caminho menos doloroso que é o de não optar, de deixar por fazer e, o que seria a grande chance de nossas vidas, vira, no futuro, o nosso maior arrependimento, então passamos a mentir pra nós mesmos falando que não tivemos as oportunidades. Mas o que nos faltou foi a habilidade de ver adiante a chance de se superar.
Há outro aspécto que é necessário abordar. O ponto de vista. Semana passada li (ou ouvi não sei ao certo) algo interessante sobre o ponto de vista. Quem vê o sol da terra o vê nascendo, surgindo e, durante o dia, ele cruza os céus e depois se vai, mas a terra permanece parada. Quem vê a terra lá do sol (como se fosse possível) a vê parada girando em torno de si e o sol permanece parado. Do ponto de vista de cada um as situações meio que se invertem, então não adianta acharmos que as nossas experiências servirão aos outros, pois nao estamos vivendo nem passando pelos mesmos problemas, mas há algo que pode ajudar. E talvez seja o próprio ponto de vista.
Enxergar a tempestade de dentro dela é bem diferente de enxerga-la da janela de um edifício alto. Visualizar um acidente é bem diferente pra quem está dirigindo um dos veículos envolvidos do que pra quem passava perto na hora do ocorrido. As vezes o ponto de vista de quem está mais distante e não participa imediatamente é mais lúcido e mais frio do que dos próprios envolvidos. O ponto de vista de quem não está no problema pode ser até mais real mas, só quem passa pela tempestade sabe o quanto ela pode molhar.
Aí ao passarmos pela adversidade nos sentimos derrotados, enfraquecidos, abatidos e quase mortos. Mas depois que passamos por ela sentimos que estamos prontos para mais uma, aí vem uma mais intensa. É como um abismo em que dá pra se chegar do outro lado com um salto bem dado, mas o risco de cair é grande. E pegamos impulso e saltamos, uns caem, outros se seguram como podem. Os que caem geralmente precisam de ajuda para se levantarem e tentar escalar a parede do abismo, outros, que se seguram como podem, algumas vezes precisam de ajuda também. Mas quem estará lá para ajudar? Será que alguém saltou e não se feriu? Ou será que quem saltou e conseguiu sair sozinho do problema terá muito a ensinar, ou ele simplesmente dirá: "Sáia sozinho, eu consegui, você também conseguirá". Muito fácil dar as costas e deixar que as pessoas se virem em seus problemas. Talvez a superação se dá no momento em que ao vermos alguém passando pelas dificuldades e estender a mão a essa pessoa.
Os resultados da superação são duradouros. Nos trazem uma bagagem infinitamente maior que qualquer seminário ou faculdade possa vir a trazer. A experiência duradoura que isso nos trás não poderá ser contada em um livro apenas.
Overcome your self...
Oh God
Jamie Cullum
I know it's been a while since I have talked to you
But maybe you're the one who makes the winds blow
We're looking at the stars without explanation
We contemplate as kings and simple men on trial
Our little world's fragile
Oh God can you tell us when it's going to stop
Maybe it's not just down to you
Oh God can we win back what we have lost
So who's the last resort... Oh God
Tumbling towards unclear destinations
Do they wash away the pain,
The wind and the searing rains
As our powers interchange
Oh God can you tell us when it's going to stop
Maybe it's not just down to you
Oh God can we win back what we have lost
So who's the last resort... oh God
Oh God can you tell us when it's going to stop
Maybe it's not just down to you
Oh God can we win back what we have lost
So who's the last resort
1 comentários:
Na minha vida, superação acontece sempre de uma forma muito dolorosa. Infelizmente eu sou aquela que está na tempestade. E geralmente e que pega impulso, mas acaba caindo no abismo, e levanta ferida!
Mas como eu sempre gosto de frizar: TUDO VALE COMO EXPERIÊNCIA.
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