
Nobres colegas leitores, sei que tenho deixado a desejar em alguns posts ultimamente, e que tenho muitas vezes batido na mesma tecla, mas os posts aqui refletem meu atual estado de espírito. Eu sou insistente, teimoso e quando quero uma coisa vou até o fim. A questão mesmo é saber quando é hora de parar, de prosseguir ou de voltar à estaca zero. Como um lutador de boxe leva uns dois ganchos e cai na lona (tá lá um corpo estendido no chão!!!) e o juiz começa a fazer a contagem. De um lado a torcida adversária jogando suas vibrações para que ele não se levante, do outro a torcida aliada aos berros para que ele retorne à luta, de um outro ângulo seu técnico tentando dar força, de outro ainda o mais importante: A sua voz interior. Aquela mesma que aparece cantando: "Levante sua mão sedenta e recomece!", ponderada com a vontade de desistir de tudo. E no meio de todo esse turbilhão, o lutador não sabe o que fazer, nem se tem força pra continuar.
Por outro lado, temos a perspectiva de que o mais forte venceu e que o menos preparado simplesmente não aguentou a pressão. Talvez sim, talvez não. Afinal, o que é certo o suficiente? Quem está certo o suficiente para saber os motivos reais de um fracasso, decepção? São tantas as razões para uma escolha, uma decisão que, às vezes, tudo parece uma mera falta de vontade de continuar, ou descrença. Mas são tantas as coisas que permeiam as mentes e os corações que nossa vã filosofia pode ser simplesmente uma verborréia.
Temos o desejo as vezes de nos levantar e retomar a luta, mas às vezes a derrota é iminente e o fracasso já esteja plantado.Ainda assim, será que é tão improvável vencer? Eu, em alguns momentos, creio que alguns lutadores não retornam à luta pelo simples fato de não quererem passar ainda mais vergonha. Eles têm força, treinaram pra isso, mas é como quando vem aquele branco naquela questão que você estudou e na hora exata esqueceu a fórmula. Melhor desistir, deixar a questão em branco, pois em alguns vestibulares o errado anula até o certo.
Acho que ja levei alguns cruzados de direita, de esquerda, um gancho e já fiquei à beira do nocaute. E a contagem já se iniciou algumas vezes, sei que tenho força pra me levantar, sei que tenho habilidade suficiente para voltar ao ringue, e mesmo sabendo que, às vezes, o cômodo e macio gosto da lona é mais prazeroso que a vontade de erguer o cinturão, nunca desisti. Já me reergui e levei um sopapo e tornei a cair, mas já me reergui e comemorei a vitória. De uma coisa estou certo, na maioria das vezes quem determina a vitória ou a derrota é você mesmo.
Agora quero me reerguer e tomar um café, aceita?
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