All My Days

Quando sou questionado sobre algo estranho que faço fico com uma pulga atrás da orelha até conseguir uma resposta plausível até para mim mesmo. E ao ser questionado sobre o hábito de não sair, de não ter muitos amigos, de ficar muito na internet e talvez não gostar de festas como os outros da minha idade fiquei meio sem resposta. Até que tentei responder algo que não fosse tão extenso quanto uma postagem no blog, mas acho que aqui conseguirei me expressar melhor.

Entrei num período da minha vida há uns dois anos atrás em que precisava estabelecer meus objetivos, haja visto que eu vivia de emprego em emprego, procurando o que eu seria ou o que eu queria ser. Mãe de um lado me aconselhando a prestar um certame público, uns colegas querendo que eu me dedicasse só a música, outros que seguisse o meu coração. E eu era muito sem opinião sobre a minha própria vida. Vivia o dia de cada vez, o pão de cada manhã e meu futuro que ficasse por conta do acaso. Confesso que em algumas áreas da minha vida prefiro que assim seja, mas não o poderia mais na minha vida profissional. E um amigo grande (grande mesmo 1,93) se casa, fico solteiro, troco de emprego e recomeço minha vida.

Prometi a mim que não começaria nada sem ter os pés no chão, ainda que fosse arriscado, que eu tivesse alguma segurança. Assim comecei a me dedicar muito ao meu atual trabalho, e os amigos e colegas foram se afastando, se distanciando e eu também o fiz, pois precisava me dedicar ao meu futuro. E isso fez de mim uma pessoa muito reservada. Como já disse em várias oportunidades, inclusive na parte "About the writer" que nunca fui chegado a boates ou coisas do gênero. Logo me tornei ainda mais apaixonado pelo estilo de música que gosto.

Fui me distanciando ainda mais das pessoas e meu "ciclo de amigos" se tornou meu ambiente de trabalho, tanto é que ao que sei sou muito bem quisto por todos lá. Pois sou o que sou nesse blog lá fora também. Alguém apaixonado pela vida, mesmo talvez não "aproveitando" como algumas outras pessoas o fazem, mas gosto de ser e estar do meu jeito. Talvez a faculdade que começa dia 1º seja uma oportunidade para abrir o leque para novas pessoas e contatos, mas não deixarei de ser do jeito que sou. Mas creio que seja mesmo a hora de "sair da toca" e alçar vôos maiores.

Finalizando, acho eu que consegui responder de maneira plausível. Eu sou assim mesmo, quieto, na minha. Mas sou uma pessoa agradável (pelo menos meu cachorro nunca mais me mordeu) e sei, mesmo sendo desse jeito, aproveitar a vida. Eu tenho essa aparência do Indie mesmo. Solitário, mas não triste. Melancólico, mas não triste. Misterioso, mas não camuflado. Mas deixe você achar os melhores adjetivos para mim.